Indómita, vôo sob o cosmos encavalitada numa nuvem negra que cobri de algodão tão branco como só a alvura pode ser. Levo comigo a canção ociosa das cigarras, e um malmequer que vou desfolhando, benquerendo, sobre os pastos verdes.
Mais além, derramo sobre o vasto oceano, calmo, azul e levemente ondulante, o brilho das estrelas colhidas no céu, e um pouco à frente, defronte de um casebre onde crianças brincam na clareira, deixo um dos anéis roubados a Saturno.
Súbito, ouço uma voz autoritária chamando o meu nome!
É o Sol, repreendendo-me por me ter esquecido a chuva, e ao invés, ter trazido a noite escondida na minha montada!
Sorrio, encabulada, pedindo desculpa com ar atarantado, e dou meia volta. Está na hora de recomeçar tudo, outra vez!
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10/08/2015 - revisto
Um sonho de criança... :)
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