O ruído do frigorífico,
No decurso da tarde serena,
É, dos sons, o magnífico,
O algoz da minha pena
(Pena que não tenha pena…)
E há os gatos que miam,
As portas que batem,
Os ventos que assobiam,
Os cães que latem
(Nem que me matem!)
E o ranger da mobília,
Os estalos da madeira,
O chá de tília,
O estrépito da feira?
(Hoje não é terça-feira!)
E a escrita consistente?
(O brainstorm da treta?)
A prosa de toda a gente,
Não esta poesia insurreta!
(Como é incorreta!)
Foi a cadeira que estalou,
O silêncio que me bateu,
Ninguém falou ou miou,
A não ser a cabeça... que sou eu?
(Não quem me concebeu!)
Cá dentro e lá fora,
Os sons do meu dia,
A rotina que não melhora
As laudas de uma tarde vazia.
(E toda esta heresia?..)
Foi a cadeira que estalou,
O silêncio que me bateu,
Ninguém falou ou miou,
A não ser a cabeça... que sou eu?
(Não quem me concebeu!)
Cá dentro e lá fora,
Os sons do meu dia,
A rotina que não melhora
As laudas de uma tarde vazia.
(E toda esta heresia?..)
Escrever é poder sair.
O belo pode esperar,
Como agora mesmo ungir
O que não se pode sarar.
(Escrever é sem olhos chorar...)
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